quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ano Novo Chuva Velha

23.500 desalojados em São Paulo.
A tragédia paulista mostra uma das várias prioridades do estado. Isso nos obriga a refletir sobre o dinheiro gasto durante todo ano de 2009 na implantação da Lei Antifumo. Horas de propaganda nos horários nobres da TV, espaços publicitários em jornais e revistas, Outdoors, compra de frota especial, contratação de funcionários.
O tempo de campanha educativa na TV seria muito melhor empregado se fosse usado para insistir com a população sobre a importância de cada um na gestão do seu próprio lixo, por exemplo. Vi isto claramente no rio que se transformou a minha rua, 3 vezes este ano: sacos de lixo, plantas e ovnis carregados pela correnteza.
Médicos sanitaristas preocupados com os efeitos do fumo passivo não abrem a boca para falar de tifo e leptospirose, as grandes ameaças à saúde com as cheias.
Nosso governador José Serra só aparece na TV para falar que as pessoas tem que sair das áreas de risco. Para onde? Cadê as casas populares prometidas em campanha? Como é que o poder público explica escolas e apartamentos construídos no Jardim Pantanal?

OMS
Com as notícias das cheias veio a bomba do escândalo da OMS na questão da gripe suína. A pandemia alardeada pela "respeitável" instituição não aconteceu. Foi uma marolinha... Serviu para encher os cofres das indústrias farmacêuticas cujas vacinas estão encalhadas em diversos países do mundo. Ao contrário do que acontece por aqui, certamente cabeças vão rolar.
Isto só mostra o quanto devemos ficar espertos com relação aos interesses das indústrias, e quanto isso influencia as políticas públicas de saúde. Me faz lembrar a campanha da Nestlé para substituir o leite materno por leite em pó nos anos 60, com apoio de governo e pediatras.
Qual será a relação deste caso com a Lei Antifumo e a venda de chicletes, patches e remédios para parar de fumar? Afinal, a divulgação dos perigos (controvertidos tanto pelos estudos quanto pelos números divulgados) do fumo passivo vem da OMS...

Bom, vamos esperar acabar os temporais para podermos fazer um levantamento sobre quais são os verdadeiros vilões da saúde e dos cofres públicos do Estado de São Paulo. E rezar para isto seja uma lição de bom senso para os nossos políticos