sábado, 20 de fevereiro de 2010

Etiqueta (para fumantes e não-fumantes)

Regrinhas básicas para fumantes:
  • Considere a possibilidade de carregar cinzeiros portáteis.
  • Na falta do cinzeiro portátil, apague-o e jogue a bitucas no lixo (sugestão: use a sola do seu sapato)
  • Vá se acostumando: nem mesmo nas áreas externas em festas e recepções, antes redutos de fumantes educados, existem lixeiras e muito menos cinzeiros. Existe um consenso geral de que a falta destes apetrechos fará com que o fumante suma da face da terra. E você, educado, ficará constrangido com o garçon que se oferece para se livrar das suas bitucas.
  • Alguns carros novos não vem mais com cinzeiro. Mesmo assim, não jogue bitucas na rua. Bata até cair a brasa e depois guarde suas bitucas para jogar no lixo mais tarde. Potinhos da "Trident" são ótimos para armazenamento temporário sem deixar cheiro no carro, e são fáceis de esvaziar.
  • Não fume enquanto outros da mesa ainda estão comendo. (meio óbvio mas não custa colocar)
  • Não jogue fumaça na cara dos outros (privilégio exclusivo de divas Hollywoodianas da década de 40)
  • Não deixe o cigarro queimando no cinzeiro (é a fumaça mais incômoda).
  • Procure fumar sempre num único lugar da casa, se possível arejado.
  • Use algum tipo de dispositivo para melhorar a qualidade do ar do seu canto. Considere isso como um preço a pagar por sua fumacinha. Veja este post do Henrique, da Ecoquest.
  • Não fume dentro de casas não fumantes.
  • Caso eles insistam (sim, tem amigos que fazem isso), por mais que seja tentador, não aceite e fume do lado de fora.
  • NUNCA fume em carros de não fumantes.
  • Proteja os demais da brasa do seu cigarro em locais muito cheios.

Regrinhas básicas para não fumantes
Imagine as seguintes situações:
  • Você está correndo no Ibirapuera, transpirando, e econtra um amigo. Ele não esconde que se incomoda com o seu cheiro.
  • Seu marido gosta de macarrão ao alho e óleo, que come toda noite. Seu vizinho reclama do cheiro da comida que ficou no hall.
  • No almoço vai ter dobradinha, que está cozinhando na panela de pressão. Entra uma visita e reclama do cheiro da casa.
  • Você adora seu totó. Leva-o para todos os lugares. Um belo dia, dá carona para uma amiga, que, assim que entra no seu carro, reclama do cheiro de cachorro.
  • Você se arruma toda, coloca um perfume gostoso. Quando chega na festa, a dona da casa franze o nariz mostrando-se visivelmente incomodada.
  • Voce está na academia, correndo na esteira. Na noite anterior, comeu um belo "filé do Moraes". Algumas pessoas entram na sala franzindo o nariz. A reação é a mesma dentro do vestiário.
  • Você passou o dia todo trabalhando como um cão, não teve tempo de almoçar. Um problema de estômago provocou um tremendo mau hálito. Um colega se aproxima e abana o nariz.

Você classifica estas reações como aceitáveis?
Por diversos motivos, pessoas que se consideram educadíssimas se vêm isentas de cumprir regras básicas de educação quando o cheiro é de cigarros. Não se esqueça que existem muitos cheiros desagradáveis além do cigarro: você mesmo pode ser responsável pela produção de um deles...

Empresas preferem contratar quem não fuma

Reporter Vinícius Queiroz Galvão - 31/05/2009
folha de são paulo

Em meio à implantação da lei antifumo, que proíbe o cigarro em todos os ambientes fechados do Estado, uma pesquisa da Catho, a maior empresa de recrutamento on-line do país, revela que 82% dos gerentes e 83% dos diretores têm objeção à contratação de fumantes.

Na prática, isso significa que, entre dois candidatos com qualificação profissional semelhante que disputam a mesma vaga, o não fumante tem a preferência do empregador.A AlfaData Solutions, empresa que presta serviços de informática em São Bernardo do Campo, diz ter "o princípio de não contratar fumantes".

"Entendemos que o funcionário que não fuma tem uma saúde melhor e vai produzir mais. Também não queremos tornar os demais empregados fumantes passivos", afirma o gerente Ivan Caparrós.

O estudo, feito a cada dois anos, mostra que, de 1997, quando foi analisado pela primeira vez, o percentual de fumantes nas empresas caiu de 20% para 12% atualmente.

Hierarquia

Curiosamente, quanto menor é a hierarquia, menor é o número de vezes que o empregado sai para fumar por dia. Enquanto os vice-presidentes puxam 14 cigarros por dia, os estagiários fumam cinco.Dos profissionais ouvidos, 77% dizem não ter permissão para fumar no trabalho e outros 67% afirmam que suas empresas têm lugares específicos para empregados fumantes.

Para Fabíola Marques, ex-presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo e professora de direito trabalhista da PUC, a objeção à contratação de fumantes "é totalmente discriminatória".

"A lei proíbe qualquer tipo de discriminação na contratação ou durante o contrato de trabalho. Se o candidato conseguir comprovar que foi discriminado por ser fumante, pode conseguir indenização na Justiça", afirma Marques.

A pesquisa ouviu 13.340 profissionais de todo o Brasil e, como foi feito por questionários respondidos voluntariamente, não considera margem de erro.

A razão para a exclusão dos fumantes, dizem as empresas ouvidas, é a menor produtividade dos empregados que fumam. Para os patrões, os fumantes deixam mau cheiro de cigarro no ambiente e atrapalham o andamento do trabalho ao parar o serviço para fumar.

Algumas empresas disseram também que os empregados fumantes incomodam os clientes.

Segundo Antonio Joaquim Motta Carvalho, headhunter e sócio-diretor da Panelli Motta Cabrera Associados, empresa especializada na contratação de executivos, a preferência por não fumantes é "velada, mas acontece" e, para o mercado, fumar diminui a produtividade.

"Já houve casos em que me disseram claramente: não contrate fumante. Tem gente que não gosta de interagir no dia a dia com fumantes. Descer para fumar interfere na produtividade, não tenho dúvida", diz.

Multa

Na primeira semana de agosto, quando entrar em vigor a lei antifumo do Estado de São Paulo, as empresas terão de extinguir os fumódromos e proibir o cigarro no ambiente de trabalho. Caso não obriguem os empregados a fumar na rua, poderão receber multa da fiscalização da Vigilância Sanitária e dos agentes do Procon.

Benefícios da combinação de vitaminas C e E

(veja as fontes de vitamina C e E na nossa "Alimentação para Fumantes")

Estudo publicado em 25/02/2006 mostra que suplementos de vitamina C podem frear a diminuição de vitamina E nos fumantes. Foi o primeiro estudo em humanos mostrando a interação destes dois antioxidantes.

O estudo mostra que 1000mg de vitamina C por dia diminui em até 45% a redução de uma forma de vitamina E nos fumantes. No geral, suplementos de vitamina C ajudam a proteger a função e os níveis de plasma da vitamina E. Fumantes que ingerem suplementos obtêm o mesmo nível protetor anti-oxidante dos nao fumantes.

Por ter maior perda dos antioxidantes protetores, os fumantes devem cuidar melhor da alimentação. No entanto, pesquisas demonstram que apenas 8% dos homens e 2,4% das mulheres ingerem níveis adequados de vitamina E. Os fumantes também normalmente ingerem muita carne mas poucas frutas e vegetais (maiores fontes de antioxidantes). Apesar dos fumantes necessitarem níveis mais altos de antioxidantes, sua dieta normalmente é fraca.

Na pesquisa, os participantes seguiram uma dieta pobre em frutas e vegetais por 3 meses, resultando numa queda nos níveis de vitamina C. Alguns receberam suplemento de vitamina C e outros um placebo. Fumantes que receberam suplementos de vitamina C tiveram o mesmo nível de queda de vitamina E dos não fumantes, enquanto que os indivíduos com deficiência de vitamina C perderam vitamina E alpha numa velocidade 25% maior que não fumantes, e Vitamina E gamma numa velocidade 45% maior.

"O que o trabalho demonstra é que as Vitaminas C e E devem trabalhar juntas para cumprir seu papel vital," diz Maret Traber, chefe da pesquisa realizada. "Elas têm efeito sinérgico que não será obtido pela ingestão de uma ou de outra, e níveis adequados destes nutrientes são especialmente importante para os fumantes"

Ler Matéria na Íntegra

Porque os fumantes têm direitos iguais na Assistência Médica

O Professor John A. Dormandy, Cirurgião Vascular - St George Hospital em Londres, deu esta resposta corajosa após o anúncio de que os hospitais de Norfolk e Staffordshire recusariam realizar cirurgias em pacientes fumantes enquanto eles não abandonassem os cigarros. Além de confessar que é fumante há 50 anos, coisa que raros profissionais em posição muito inferior à dele fazem, classificou a atitude como imoral. A sua resposta vai ao encontro das nossas posições porque mostra o quanto os médicos estão se afastando da própria missão da profissão ao tratarem a questão do fumante.

"Isso não apenas imoral: é dar aos fumantes tratamento pior do que recebem os assassinos"
Prof. John A Dormandy


"Fumar é um hábito sedutor. Tenho visto como isso pode bloquear artérias e já tratei muitos pacientes cujos problemas eram diretamente ligados ao seu vício.

Mesmo assim, acho que a proposta de negar cirurgias a fumantes é mais um exemplo de loucura do politicamente correto. Como é que criminosos violentos podem receber cirurgia e há dúvidas se os fumantes teriam esse direito?

Os médicos são obrigados a tratar seus pacientes da forma que os recebe, e a simples sugestão de que alguém poderia ter este e outros procedimentos para salvar a vida negados simplesmente porque são fumantes é imoral.

Quando recebo um paciente que levou um tiro, não lhe pergunto quais foram as circunstâncias. Se um indivíduo embriagado é internado após bater o carro numa árvore, não me recuso a atendê-lo - isso é brincar de Deus.

É nossso dever como médicos aconselhar nossos pacientes sobre seus riscos. Se um paciente fuma dizemos que ele tem maior probabilidade de desenvolver um câncer de pulmão aós a cirurgia, porque isso pode ser um efeito colateral da anestesia geral.

E se um paciente vai fazer um bypass coronariano, minha especialidade em cirurgia cardíada, são alertados que caso continuem a fumar, outras partes da artéria vão se estreitar e eles precisarão de outras cirurgias ou correrão risco de outro infarto.

Mas uma vez que um fumante sobrevive a uma cirurgia como a de prótese de quadril, por exemplo, a recuperação será igual a de qualquer outro paciente. Se o paciente resolve não ser operado após ter recebido nossos conselhos, a decisão deve ser dele.

Isso é muito diferente do que dizer que ele não deve ser operado porque foi o cigarro que causou sua doença.Nosso dever é tratar os pacientes da melhor forma possível, independente de como eles adoeceram, e não castigá-lo por causa do seu estilo de vida. A única excessão é no caso de um transplante, pois o número de doadores é pequeno e devemos beneficiar aquele que tem maiores chances. Se houver apenas 1 coração e temos que escolher entre um senhor de 80 anos, que já teve 3 infartos e fuma, e um indivíduo de 40 que não fuma, o de 40 terá prioridade.

Isso, infelizmente, é inevitável quando os órgãos são racionados. Mas para cirurgia vascular - que normalmente não é racionada - não julgamos se o paciente é uma pessoa boa ou uma pessoa má; avaliamos a emergência médica e a cirurgia é realizada com este critério. Não me oponho a essa política apenas como clínico, mas como fumante também. Fumo há 50 anos. Gostaria de não fumar, mas tenho esse vício, apesar de ter conseguido diminuir o consumo.

Tentei de tudo, desde adesivos de nicotina à boa e velha força de vontade, mas nada funcionou. Por ano, cerca de 3% de fumantes tentam parar e 80% não conseguem.Porque eu ou qualquer outro paciente que eu atendo devemos ser discriminados por causa do nosso vício? Se o Governo tornasse o fumo ilegal seria diferente, mas enquanto for legalizado a nação deve aos fumantes os mesmos cuidados que recebem os não fumantes.

Há tanto fervor anti-fumantes neste país! Vejo no meu próprio hospital: pacientes podem fumar nos jardins externos, mas aqueles que estão literalmente morrendo e impossibilitados de sair do hospital não podem fumar porque não há um local para isto.

Esta é a derradeira e totalmente desnecessária crueldade - estamos o privando do único prazer que lhes sobrou. É óbvio que fumar não é um estilo de vida ideal, e os médicos deveriam encorajar fumantes a parar. Mas muitos estilos de vida não são ideais. Deveríamos negar tratamento a homens que abandonam esposa e filhos?

Já é tempo do governo parar de discriminar os fumantes e permitir aos médicos tratar todos os pacientes da melhor forma possível. Negar essas cirurgias é simplesmente uma punição."

Promovendo o Bem Estar

Ainda não temos um pneumologista para orientar nossos internautas. Profissionais que querem participar mas não podem ter sua imagem atrelada a questões tabagistas podem usar o disfarce do Dr. X.


Promovendo bem-estar

O órgão que mais sofre no organismo devido ao fumo de tabaco é sem dúvida o pulmão. Os pulmões levam sangue limpo e oxigenado para o coração, que o bombeia para o resto do corpo. Também funcionam para desintoxicar o organismo ao expelir dióxido de carbono.

As orientações abaixo podem ajudar a promover bem-estar, mas não reduzem os riscos das doenças pulmonares associadas ao fumo de tabaco. O fumante deve fazer regularmente exames e estar atento à tosse, rouquidão, presença de sangue no catarro, falta de ar e dor toráxica.

Quanto antes forem detectadas as doenças pulmonares, maiores as chances de cura. Muitas pessoas respiram superficialmente, usando apenas uma pequena porção da capacidade pulmonar. Isso deixa resíduos de dióxido de carbono na corrente sanguínea e induz à fadiga.

Aprender a respirar corretamente pode fazer muito bem à saúde e pode ajudar bastante no processo de desintoxicação do organismo. Exercícios de respiração profunda promovem uma sensação de relaxamento e bem-estar e praticados com regularidade aumentam seu controle sobre a respiração. Outro bom exercício é encher balões, que ajuda a expandir a capacidade pulmonar.

Padrões respiratórios deficientes, toxinas ambientais, poluição, fumaça e poluentes industriais resultam num funcionamento debilitado dos pulmões. Sempre que possível, saia para lugares onde o ar é puro e limpo. Árvores e plantas, praia ou montanha, rios e riachos são todos fontes de ar rico em oxigênio.

Respiração superficial, fadiga, bronquite, tosse crônica, congestão, tosses sem motivo e dores no peito são sintomas de deficiência respiratória e funcionamento inadequado dos pulmões.

O muco é necessário para o funcionamento de um organismo saudável. Lubrifica os tecidos e ajuda a eliminar resíduos, é uma reação de defesa.
  • o excesso de muco causa congestionamento, que sobrecarrega a função de um pulmão saudável
  • reduzir alimentos que provocam a formação de excesso de muco ajuda a limpar os pulmões (derivados do leite, açúcar, farináceos)
  • a ingestão de frutas e verduras ajudam a descongestionar
  • água quente com limão podem reduzir a congestão
Os exercícios aumentam a demanda de oxigênio, estimulam a respiração profunda e ajudam a eliminar o dióxido de carbono. Eles também aumentam a capacidade de receber oxigênio e de eliminar dióxido de carbono. Se os pulmões não são usados regularmente na sua capacidade plena começam a perder a elasticidade. Mas evite exercício em áreas poluídas.

A natação em piscinas aquecidas é um bom exercício - o vapor facilita a respiração. Mas evite piscinas com cloro.

O Edema de Reinke

Edema generalizado e bilateral nas pregas vocais que traduzem a presença de uma laringite crônica, trazendo conseqüentemente, uma rouquidão. A alteração é benigna.

A causa mais comum é o fumo, mas também pode ser causado por trauma vocal.

A ação irritativa de algumas substâncias inaladas cronicamente pode provocar reações inflamatórias que implicam no aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos presentes no espaço de Reinke, resultando num edema e uma flacidez do tecido da prega vocal. O Edema de Reinke ocorre principalmente em mulheres, com mais de 40 anos, após a menopausa e principalmente se fumantes há longa data.

principais sintomas:
  • a fadiga vocal
  • extensão vocal reduzida (impossibilidade de produzir um som por muito tempo
  • rouquidão sonoridade pobre (a pessoa normalmente fala em apenas um tom
tratamento

Inicialmente consiste em afastar a causa. Quando o edema é pequeno, pode ser tratado com medicamentos e fonoterapia (que pode regredir a lesão e melhorar a qualidade vocal). Quando grande, deve ser removido cirurgicamente, também seguido de fonoterapia. A maioria dos médicos indica cirurgia, pois só a interrupção do fumo e a fonoterapia podem não reverter o quadro.

Essa indicação depende mais dos sintomas apresentados e de quanto a qualidade vocal do portador o perturba social e/ou profissionalmente, do que da severidade das alterações anatômicas encontradas.

Qualquer alteração na sua voz consulte seu médico otorrinolaringologista. Ele avaliará seu caso e se necessário, lhe indicará fonoterapia.

Alerta

Uma rouquidão que persiste por mais de 15 dias, sem modificação e sem melhora, precisa ser investigada imediatamente. O sintoma pode indicar tanto uma simples inflamação como uma lesão cancerígena na laringe. E, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de sucesso no tratamento. Além da rouquidão, outros motivos para alerta são: tosse, sensação de garganta seca, dor ou dificuldade ao falar.

Exames como a laringoscopia e a nasofibrolaringoscopia permitem verificar alterações funcionais na laringe ou nas pregas vocais, que possam estar comprometendo seu bom funcionamento.

Estes exames permitem acompanhar em detalhes as estruturas que participam da produção da voz.

Os sintomas podem estar relacionados com diversas causas, além do tabagismo: refluxo gastroesofágico, desordem endocrinológica, alergia inflamação ocasionada por uma gripe. As complicações podem ter como origem o mau uso da voz, e uma reeducação com fonoaudiólogo pode ser indicada. O fonoaudiólogo ensina como produzir os sons e a fala de forma adequada.

Prevenção

O processo natural de envelhecimento já produz, por si só, modificações importantes no tom de cada indivíduo, mulheres costumam falar mais grave com a passagem dos anos, enquanto nos homens tornam-se paulatinamente mais agudos. Porém, é possível adiar essas alterações, garantindo uma voz limpa, clara, equilibrada e agradável por mais tempo. O segredo é investir em pequenas mudanças de hábitos.

evite pegarrear:
Pigarrear ou “raspar a garganta”: oferece a sensação de que se elimina um corpo estranho na laringe, aliviando o sintoma de pressão na garganta, com eventual melhora da voz. Tal gesto, porém, é uma agressão para as pregas vocais, piorando a condição da laringe.

use bem a voz:
Quando falamos ou gritamos demais, a laringe se ressente. Se a agressão persiste, pode aparecer a rouquidão, consequência de inflamações. O problema pode evoluir, ainda, para a formação de nódulos. Fale num tom moderado, respirando enquanto conversa. Em ambientes ruidosos, numa casa noturna, por exemplo, afaste-se das caixas de som e fale olhando para a outra pessoa, possibilitando, assim, que ela leia seus lábios.

Evite gritar:
Pode ser o suficiente para provocar uma lesão nas pregas vocais. Evite também falar sussurrado ou cochichado, esforço maior que necessário para a produção natural da voz pois para falar assim é necessário bloquear a vibração livre das pregas vocais e o som é produzido apenas por fricção do ar.
Fique em silêncio por 15 a 30 minutos após falar muito. As cordas vocais são músculos e também sofrem fadiga.

hidratação:
Tenha sempre a mão uma garrafa com água mineral, que deve ser ingerida em pequenos goles pelo menos a cada hora. Isso ajuda a manter a hidratação, que evita o atrito entre as pregas vocais e ajuda a diluir as secreções, evitando o pigarro. Beba em média 2 litros de água por dia (temperatura ambiente). Um recipiente com água, especialmente em com ar-condicionado ajuda a umidificar o ambiente, o que faz bem tanto para a voz quanto para o aparelho respiratório. Não se exponha ao ar condicionado mais que o necessário. Se isso não for possível, aumente a ingestão de água.

alimentação:
evite:
  • alimentos muito condimentados e gordurosos (lentificam a digestão e dificultam a movimentação livre do músculo diafragma, essencial para a respiração)
  • bebidas ricas em cafeína
  • refrigerantes e bebidas gasosas (favorecem a flatulência, prejudicando o controle da voz)
  • leite, derivados e chocolate (aumentam a secreção de muco do trato vocal, prejudicando a ressonância, e induzem à produção de pigarro)
liberados:
  • maçã (efeito adstringente, pois ajuda a limpar as cavidades de ressonância, e por ser uma fruta dura, deixa a articulação mais solta)
  • alimentos leves, verduras e frutas bem mastigadas (relaxam a musculatura da mandíbula, da língua e da faringe, melhorando a dicção e dando sensação de leveza ao corpo)
  • Sucos cítricos (se não tiver problemas de estômago - auxiliam a absorção do excesso de secreção)
evite a automedicação:
Não use sprays, balas e pastilhas com efeito anestésico: embora aliviem os sintomas, são paleativos e, a longo prazo, podem agravar o quadro. Com a diminuição da sensibilidade local, sem perceber forçamos ainda mais a voz. A dor, por outro lado, indica que algo está errado e nos faz mais prudentes.

durma bem:
Uma noite maldormida pode ocasionar uma rouquidão discreta, a voz se torna mais fraca durante todo o dia.

reduza o consumo de álcool:
As bebidas, especialmente as destiladas, irritam a voz. Além disso, provocam uma leve sensação de anestesia na faringe e, com a redução da sensibilidade, fica muito mais fácil abusar, falando alto, por exemplo. O consumo excessivo de bebidas destiladas, assim como o tabagismo, está fortemente ligado ao câncer de laringe e pulmão. O álcool também tem uma ação de imunodepressão, ou seja, redução nas respostas de defesa do organismo. A associação de álcool com tabagismo aumenta a probabilidade do risco de câncer.

evite o choque térmico:
A mudança brusca de temperatura que pode comprometer a voz. Isso significa tomar um copo de refrigerante - ou cerveja - estupidamente gelado num dia muito quente ou logo depois de exercícios físicos, quando o corpo ainda está aquecido.

esportes:
Natação e caminhadas ativam todo o corpo e melhoram a respiração. A ioga e exercícios alongamento também são aconselhados.

exercícios vocais:
Faça no carro, no chuveiro, quando estiver sozinho/a:Para tonificar as cordas vocais - Vibrar a língua: Emita o som TRRRRRRRRRRRRRRR ou BRRRRRRRRRRRRRRRRRR por cerca de 2 minutos.
Para melhorar a potência da voz - Vibrar os lábios: Repita por 2 minutos o som MINIMINIMINIMINIMINI
Bocejar, Protusão dos lábios (fazer bico como se fosse dar um beijo)

5 dicas para prevenção de problemas cardíacos

Ainda não temos um cardiologista para orientar nossos internautas. Profissionais que querem participar mas não podem ter sua imagem atrelada a questões tabagistas podem usar o disfarce do Dr. X.

Da Clínica Mayo
  1. O primeiro e principal conselho da Clínica Mayo é parar de fumar.
    Para os que ainda não conseguiram, seguem as outras 4 dicas que podem ser muito úteis:

  2. Comece uma atividade.

    Participar de uma atividade física vigorosa moderada pode reduzir os riscos de doenças cardíacas fatais. Se isto for combinado com outras medidas como manter um peso saudável, tanto melhor.

    A atividade física ajuda a controlar o peso e a reduzir as chances de desenvolver condições que prejudicam o coração como pressão alta, colesterol e diabetes. A atividade também reduz o stress, um dos fatores prejudiciais ao coração.

    O ideal é praticar de 30 a 60 minutos de atividade razoavelmente intensa na maioria dos dias. No entanto, até mesmo exercícios menos intensos oferecem benefícios, então não desista caso não consiga praticar o recomendado. É possível dividir em sessões de 10 minutos e ainda assim obter os mesmos benefícios.

    Lembre-se: atividades como jardinagem, serviços domésticos, subir escadas e caminhar com o cachorro contabilizam no total. Você não precisa se exercitar de forma intensa para conseguir benefícios, mas terá melhores resultados com o aumento da intensidade, duração e frequência da sua atividade.

  3. Dieta saudável para o coração

    Procure manter uma dieta com baixa dosagem de gordura, colesterol e sódio. Veja a nossa dieta para fumantes. Beba álcool apenas moderadamente - não mais que 2 doses para homens e 1 para mulheres.

    O álcool em doses moderadas pode ter um efeito protetor no coração. Em demasia pode ser um risco à sua saúde.

  4. Mantenha um peso saudável

    Ao aumentar seu peso, um adulto ganha mais gordura do que músculo. Este excesso de peso pode causar aumento na pressão sanguínea, aumento de colesterol e diabetes.

    Uma forma de ver se seu peso é saudável é calcular o íncice de massa corporal. Mantenha-o abaixo de 25 para controlar gordura no sangue, pressão sanguínea e diminuir riscos de infarto. Para indivíduos muito musculosos, o índice de massa corporal pode confundir, uma vez que músculo pesa mais que gordura. Procure manter a circunferência abdominal abaixo de 101.6cm (homens) e 88.9cm (mulheres).

    Uma pequena redução (10%) no seu peso pode diminuir sua pressão sanguínea, seu colesterol e reduzir o risco de diabetes.

  5. Faça exames regularmente

    Talvez você nem saiba que tem problemas de pressão ou colesterol. Exames frequentes indicarão se você precisa tomar alguma atitude em relação ao seu estilo de vida.

Como age o cigarro

Dr. X Fonoaudiólogo é o consultor do eufumo para cuidados com a voz do fumante. O Conselho Regional de Fonoaudiologia nao permite aos profissionais participarem de qualquer atividade que os atrele ao cigarro. Mesmo assim, nosso consultor, por não aceitar que um fumante deva ficar sem atendimento nos presta este valoroso serviço com suas dicas.

Como Age o Cigarro

A fumaça e o alcatrão dos cigarros, charutos e cachimbos ressecam o trato vocal, causando irritação da mucosa do nariz, boca e laringe. Numa reação de defesa do organismo, é formado um depósito de secreção ao longo das pregas vocais - o pigarro. A tosse e o pigarro são conseqüências da irritação da mucosa e favorecem diversas alterações como edemas, pólipos, hiperplasias, displasias e câncer de laringe, cuja incidência é 40 vezes maior em relação aos não-fumantes. A tosse também provoca um intenso atrito nas pregas vocais, podendo lesioná-la.

A fumaça quente também agride todo o sistema respiratório, ressecando o aparelho fonador.

O depósito da nicotina nas pregas vocais provoca seu inchaço - a longo prazo, a voz engrossa e perde a potência. O processo de inchaço das cordas vocais também ocorre na menopausa. Elas ficam mais pesadas e vibram menos - o que faz com que a voz fique mais grave.

Os exercícios indicados para melhorar a voz do fumante são os mesmos indicados indicados para mulheres na menopausa: são exercícios para ativar a circulação sanguínea para facilitar as trocas celulares e reduzir a quantidade de líquidos que causam o inchaço. Exercícios para "calibrar a voz", através da repetição de sons facilitadores, fazem com que a voz seja deslocada - do fundo da garganta para a ponta dos lábios - menos gutural e mais leve. Ao melhorar a circulação sanguínea, os exercícios favorecem, para o fumante, a eliminação das toxinas, reduzindo a formação do pigarro.

Como nos viciamos - 3a Parte

Trechos do livro Cigarro: um adeus possível - Dr. Flavio Gikovate.
Infelizmente esgotado, o livro contém informações importantes sobre como o vício se instala, quais os mecanismos, porque os adolescentes são tão vulneráveis. Vale a pena ler.
Dividimos em 3 partes:
1a Parte: hábito X vício
2a Parte: um pouco de teoria
3a Parte: o vício se inicia de modo erótico

o vício se inicia de modo erótico
Quase todas as pessoas viciadas em cigarros se iniciaram durante os anos da adolescência, ou seja, entre os 13 e os 21 anos aproximadamente. Provavelmente o fascínio pelas baforadas de fumaça veio desde os 8-9 anos de idade - atitudes mais de brincadeira, tentativas de imitar os mais velhos e nada mais. A iniciação de pessoas mais velhas sempre foi muito incomum; Ainda hoje existe um importante contingente de jovens se viciando no uso do cigarro e praticamente todos estão no período da adolescência. A grande diferença em relação a algumas décadas é que o número de moças é maior e o de rapazes tende a diminuir.

É evidente que começar a fumar hoje em dia é parte de um comportamento bastante mais absurdo do que era antigamente, quando não se conheciam os efeitos nocivos da nicotina. Porém a adolescência corresponde a um período particularmente complexo e difícil e o bom senso nem sempre prevalece. É a fase da vida na qual a pessoa está mais predisposta a se iniciar em todos os tipos de vícios. E tudo vai depender do apego dos jovens ao seu grupo de amigos e de que do que este grupo gosta (fumar maconha, jogar, beber fumar cigarros, etc).

Por que os jovens ssão tão sensíveis aos hábitos e condutas do grupo com o qual se relacionam?

De onde vem tanta fragilidade, tamanha carência, tamanha vontade de ser aceito? Por que tudo isso é exatamente o oposto do que se pode observar em casa, onde parece que querem chocar, aborrecer e só dão sinais de independência e auto-suficiência? O que é mais verdadeiro: o comportamento dentro de casa ou o que se observa na turma de amigos?

Com o surgimento da sexualidade adulta e com as alterações físicas correspondente à maturidade óssea e muscular, o rapaz toma formas de "gente grande". Terá que tratar de ser assim nos seus comportamentos e na sua vida emocional. Mas não está preparado para a independência que ele acha que agora deveria ter. Não se sente com coragem para nada diferente daquilo que fazia até alguns meses atrás. Não sabe bem o que fazer com aquele novo corpo e com suas novas vontades. Para as meninas mais ainda porque não sabem como administrar o assédio que seu novo corpo provoca. A liberdade se choca com o medo da liberdade, de não se sentir com tanta competência para o auto-governo que a condição de adulto exige deles.

Uma parte deste despreparo é inevitável, pois não se pode saber das coisas antes de passar por elas. Mas a outra parte é um subproduto da educação super protetora que os jovens têm recebido, que faz com que as crianças cresçam fracas e despreparadas. Isso acaba levando esses jovens a tentar demonstrar uma força e uma independência que não têm. Poucos terão coragem de assumir suas incompetências. Tanto em casa quanto com os amigos. Com os colegas, eles sabem que estão mentindo nas acham que os outros estão sendo sinceros. Os próprios líderes da turma não são bem estruturados, pois pessoas bem estruturadas preferem uma posição mais sossegada.

Neste contexto, estar bem em casa é mostrar dependência. E a revolta contra a família pode ser uma manifestação inconsciente contra quem não os preparou para o que enfrentarão daqui para frente. Educar de modo superprotegido e dependente é aumentar os riscos, inclusive o vício para drogas pesadas. Se o vício é uma dependência que substituirá outras dependências, educar para dependência é educar para o vício. Via de regra, ambientes familiares mais sadios criam boas condições para a independência dos filhos. Pais felizes não precisam de filhos fracos e dependentes.

A adolescência implica na necessidade de nos tornarmos independentes e na incompetência que temos para isto. Quando estivermos suficientemente fortes não temeremos nos opor aos padrões do nosso grupo de referência. A oposição é bastante ameaçadora pois pode significar rejeição, o que faz com que rapazes e moças se adequem imediatamente aos padrões do meio.

Logo nos primeiros anos da adolescência o jovem não tem nenhuma consistência e se molda ao grupo. A partir do instante que passa a ter valores próprios, acontece o inverso: escolhe um grupo em função das semelhanças de valores. O período de máxima vulnerabilidade é portanto, dos 13 aos 16 anos. Nesta fase, acompanhará os hábitos do grupo.

Quando o jovem estabelece um vínculo amoroso, sofre menor influência do grupo. Mas um rompimento dramático deste vínculo pode causar grande vulnerabilidade e o predisporá ao estabelecimento de vício por alguma droga. Não o cigarro, mas drogas com efeitos psicotrópicos que podem trazer um alívio para a insegurança gerada.

O vício do cigarro entra na adolescência não pelo vício da nicotina. Entra pelo aconchego que significa se sentir integrado ao grupo. Quando um rapaz sai para encontrar os colegas para fumar, é difícil saber se é apenas um pretexto para se sentirem juntos, integrados. Principalmente se for encarado com uma coisa proibida, uma transgressão.

Existem adolescentes com grande vontade de parecer adultos, e outros tristes pelo fato de não poder continuar crianças para sempre. As razões destas duas atitudes vão desde a qualidade de vida infantil que cada um teve até o tipo de espírito e de vontade de aventuras e de novidades. Sendo o cigarro um símbolo de procedimento para adultos, tenderão mais para se viciar aqueles que têm grande vontade de logo passar para esse outro estágio da vida. Os que gostariam de não crescer deverão ter uma atitude de aversão ao cigarro. Sem que se perceba bem, gostar de fumar passa a ser um exercício dos prazeres da vida adulta, um símbolo de "maturidade".

Para o fumante recém iniciado, uma importante relação passa a ser associada com o cigarro. Imagens de charme, independência, virilidade, emancipação familiar ligado ao fato de que fumar é uma atividade "discretamente proibida". Quando os jovens se reúnem para fumar, o cigarro simboliza o que eles tem em comum: a ruptura com a família.

O cigarro, ao ser acendido, provoca uma sensação de aconchego e amparo. A partir de certo ponto, a partir de um certo tempo de uso regular do cigarro, essa sensação de proteção poderá ficar de tal forma associada ao cigarro que a tendência para acender um deles crescerá diante de qualquer pequena adversidade externa. Com o passar do tempo a dependência psíquica se estende para o maço do cigarro, para o isqueiro - que se torna uma peça de estimação - e também para a marca de cigarros. O apego à marca passa a ser também pelos processos de condicionamento que vão se associando àqueles símbolos. Quando as pessoas viajam para outros países, gostam de levar os seus cigarros, sua marca tradicional com a embalagem mais conhecida.
Como se tudo isso não bastasse, ainda ha a dependência química. Mesmo a pessoa se sentindo amparada, amada, nem por isso desaparecerá a vontade de fumar. A dependência química então perpetua a ligação com o cigarro, quaisquer que sejam as condições psicológicas da pessoa. Quando ele quer abandonar o cigarro, mesmo que em condições emocionais adequadas, enfrentará enormes dificuldades, pois a dor física derivada de não fumar dará a ele a impressão de que não viverá sem o cigarro, mesmo quando ele pensou que estava pronto para isso,
O cigarro então nos ata por todos os lados possíveis: erótico, afetivo e bioquímico.

Com o tempo, as pessoas vão tomando uma atitude mais crítica com relação ao cigarro. A dependência também cresce bastante. A quantidade de cigarros fumados cresce até atingir o ponto de saturação (de 10 a 60 por dia, mantida por vários anos).

A relação erótica vai sendo substituída por uma relação romântica. Se estabelece uma relação cada vez mais estreita entre o fumante e seu cigarro. O medo de ficar sem inclui o armazenamento de provisão suficiente para vários dias.

Fica evidente que o objeto pelo qual se desenvolve apego sentimental representa um ser humano ou um grupo de pessoas e passou a ser o substituto e representante deles. O rapaz era apegado ao grupo de jovens que fumava e depois se ligou ao cigarro porque este lhe passava as sensações que experimentava quando estava com o grupo. Um reflexo condicionado foi o responsável por essa transferência, que atribuiu ao objeto "poderes" que ele só pode ter porque representa criaturas reais.

Ainda ha a teoria da fixação oral - começa com os seios da mãe, vai para a chupeta, e torna a boca uma área particularmente sensível aos vícios. Talvez isto explique porque os seres humanos são tão irrequietos com a bocam porque objetos como o cigarro, o cachimbo ou o charuto são tão atraentes para a nossa espécie. Assim como por exemplo as gomas de mascar. Pode inclusive explicar porque tanto ex-fumante é grande consumidor delas.

Apesar de ser considerada uma droga de importância menor em relação às outras, não se pode confundir os poucos efeitos psicotrópicos da nicotina com suavidade de vício. É um vício muito forte e grave por uma droga leve. Porém, do ponto de vista moral, a coisa pode ser muito destrutiva e maléfica. O indivíduo sabe que é viciado, que não pode largar a droga. E isso provoca grande humilhação, grande ofensa a auto-estima. O fenômeno é parecido com o gordo que, persistente e determinado em todos os outros aspectos da sua vida, não se conforma de não ser capaz de fazer uma dieta e segui-la com rigor e aplicação. Ao não ser capaz de cumprir com suas próprias metas, costuma se sentir fraco, deprimido, perdedor. E se sentirá assim, mesmo se os quilos que tem para perder sejam irrelevantes - é a sua derrota pessoal que provoca o abatimento.

1a Parte: hábito X vício
2a Parte: um pouco de teoria
3a Parte: o vício se inicia de modo erótico

Como nos viciamos - 2a Parte

Trechos do livro Cigarro: um adeus possível - Dr. Flavio Gikovate.
Infelizmente esgotado, o livro contém informações importantes sobre como o vício se instala, quais os mecanismos, porque os adolescentes são tão vulneráveis. Vale a pena ler.
Dividimos em 3 partes:
1a Parte: hábito X vício
2a Parte: um pouco de teoria
3a Parte: o vício se inicia de modo erótico

Um Pouco de Teoria

Não há dúvidas que o organismo se acostuma com a nicotina e registra com certo ênfase sua ausência por mais do que algumas horas. Os sinais da ausência de nicotina não são muito típicos e previsíveis. As reações individuais são extremamente variáveis. Quando uma pessoa para de fumar, tem também os sintomas próprios da interrupção da dependência psíquica. Isso forma um quadro complexo e de difícil análise.

A nicotina é um discreto estimulante e também um discreto tranquilizante. Em algumas pessoas predomina o efeito estimulante - e nestas condições não há tendência da pessoa fumar mais quando está aflita ou muito ansiosa. Quando predomina o efeito tranquilizante há a tendência para que as pessoas fumem uma quantidade maior de cigarros - digamos mais de 20 por dia - e em especial quando se sentem pressionadas, Estas fumam mais durante o trabalho e tendem a fumar menos nos fins de semana e férias. Costumam fumar mais quando ingerem álcool, pois essa droga em quantidade moderada é excitante, coisa que determina a vontade maior do tranquilizante. A crise de abstinência será mais no sentido da pessoa ficar mais sonolenta e sem energia quando o efeito essencial da nicotina era estimulante. Para as pessoas mais suscetíveis ao aspecto tranquilizante da droga, o efeito mais sentido na interrupção do seu uso será o de irritabilidade, nervosismo, taquicardia e insônia.

Apesar de não achar que a questão da dependência física é essencial na grande maioria dos casos de tabagismo, creio que existe e, conforme já escrevi, funciona como importantíssimo reforçador do vício. A nicotina é comparável à heroína como droga capaz de rapidamente determinar a dependência física. Praticamente todos os jovens que não desenvolveram aversão pelo cigarro desenvolverão o vício por ele. Pelo menos 80% das pessoas que tomam bebida alcoólica não têm nenhum tipo de dependência em relação a ela e podem viver assim para sempre, tomando um trago aqui e outro acolá. Com o cigarro isso é raríssimo. A dependência se estabelece com frequência incrivelmente maior e com muito mais rapidez. Exatamente como acontece com a heroína, que é uma droga muito mais nociva do que a nicotina. Mas as duas viciam igual.

Alguma tendência para o vício existe em quase todos nós. O vício não deve ser encarado de modo moralista, como se fosse um tipo de crime. É um desvio da nossa rota de agir, um desvio muito comum e incrivelmente fácil de acontecer em certos períodos da vida. Podemos chamar este desvio de doença, mas também aí se envolve um juízo de valores. Prefiro chamar a dependência apenas como um desvio de rota, uma coisa possível de acontecer para qualquer um de nós.

Suponhamos que a tendência para fazer vínculos com pessoas seja predominante em muitos de nós. Mas essas pessoas poderão estar ausentes de nossas vidas e as que estão por perto poderão não nos interessar, ou experiências negativas recentes nos impedem de nos vincularmos a pessoas. Tenderíamos então a nos vincular a objetos, principalmente se estes objetos vierem "coloridos" por atraente embalagem. São poucas as pessoas que não conseguem estabelecer vínculos com pessoas ou objetos - nossa sociedade estimula essa busca, tanto a do amor como do apego a objetos - pois isto interessa e muito para o consumismo voraz. É, portanto, uma sociedade que estimula a dependência. Desta forma, a individualidade está em segundo plano. O indivíduo ser individualista - e isto é bastante diferente de ser egoísta – é ser alguém menos digno.

O discurso oficial a respeito desta dupla tendência de todos nós - para a integração e para a individualidade - é confuso e contraditório. Temos que ser independentes, mas temos que amar e nos vincular a tudo e a todos. E isso não é possível. Temos, pelo menos intelectualmente, que nos decidir por um caminho como rota principal e deixar o outro em segundo plano. Na política pró-dependência, não é raro que a aparência seja a da independência. Suponhamos que um homem esteja se sentindo péssimo porque era muito ligado a uma mulher e esta o traiu, abandonou. A sensação que ele vive, afora o orgulho ferido, é a de um brutal desamparo - o oposto do aconchego. Se sente só e profundamente desconfiado dos seres humanos, uma vez que acabou de ser traído por uma pessoa na qual confiava. Está sem condições de se ligar a outros humanos. Está pronto para tomar vários copos de aguardente, para ficar tonto, ter uma certa euforia e esquecer, ainda que em parte, sua dor. Bebe e se sente melhor, fica melhor sozinho. Dorme e acorda mal. Tenderá para beber de novo. A conversa fiada do bar, a reunião com outros desamparados e traídos, as músicas que falam disso, tudo isso revigora e faz o nosso homem se sentir melhor. No fim de pouco tempo, está apegado ao álcool e a tudo o que vem junto com ele. Está composto o vício, A independência, a capacidade de ficar só foi pura aparência.

Se uma menina, lá pelos 7 anos de idade, se perceber como tímida e de poucos amigos e, ao mesmo tempo, tiver noção - ainda que inconsciente - de que terá que começar a se afastar dos pais que esperam um mínimo de independência da parte dela, poderá se sentir extremamente desamparada. A sensação de desamparo se acompanha, como regra, de uma impressão de um buraco no estômago, parecida com fome. Se ela gosta muito de doces, poderá começar a comê-los em quantidades maiores, para ver se agora consegue resolver o buraco que vem do desamparo. Não é difícil perceber que esta menina irá engordar e a comida será sua grande "companheira". Ficará viciada. Sempre que se sentir só, precisará de um chocolate.

A adolescência é um período particularmente interessante do ponto de vista do antagonismo entre integração e individuação. Poucos jovens conseguem resolver direito as contradições que são a essência de sua vida interior nessa fase. Se tornam extremamente inseguros e desamparados e não podem demonstrar isto de forma alguma. Ficam, pois, presa facílima de qualquer coisa que os faça se sentir bem, sentir calma, sentir que são importantes e especiais. Aí então são facilmente introduzidos ao álcool, ao cigarro, à maconha, à cocaína. O caminho para se viciarem é tão fácil e as portas estão tão abertas que o incrível é que existam alguns jovens que conseguem passar por essa fase sem compor nenhum tipo de vício. Ainda hoje, o mais comum é o do cigarro.

1a Parte: hábito X vício
2a Parte: um pouco de teoria
3a Parte: o vício se inicia de modo erótico

Como nos viciamos - 1a Parte

Trechos do livro Cigarro: um adeus possível - Dr. Flavio Gikovate
Infelizmente esgotado, o livro contém informações importantes sobre como o vício se instala, quais os mecanismos, porque os adolescentes são tão vulneráveis. Vale a pena ler.
Dividimos em 3 partes:
1a Parte: hábito X vício
2a Parte: um pouco de teoria
3a Parte: o vício se inicia de modo erótico

Introdução

A aliança que se estabelece entre o homem e o cigarro é extremamente forte e dificílima de ser quebrada.

Uma das coisas que mais acontece quando um indivíduo para de fumar é que ele começa a beber ou a comer muito mais do que fazia anteriormente. Não é raro aumentar o peso e atribuir esse novo malefício ao fato de ter parado de fumar - um ótimo argumento a favor da volta ao cigarro. A maior parte das pessoas que engorda muito depois que param com o cigarro deve isto a um aumento real da ingestão de comida ou de bebida alcoólica. Substituem um vício pelo outro.

Alcoólatras quando param de beber também tendem a engordar.

O vício é a existência de um vínculo forte unindo um ser humano a uma coisa ou situação. O exemplo mais claro de dependência a uma situação é o jogo; mas há também quem coloque nesta categoria dos vícios o prazer em roubar, a tendência de se fixar demais em pornografia, em jogos eróticos de conquista, no trabalho. Exemplos claros de dependências por substâncias químicas são o cigarro, o álcool, drogas e alguns tipos de compulsão para comer.

Quanto a nossa cultura e a forma como somos educados nos impulsiona para esse tipo de solução?

hábito X vício

A diferença entre o que seja um hábito e um vício parece ser o de grau de dependência. Uma pessoa que tem o hábito de tomar 2 doses de uísque todos os dias pode interromper o hábito por recomendação médica sem sentir nenhuma falta especial. Se sentir mais falta do que se esperava - e este é muitas vezes o caso - já estava viciado e não queria admitir para si a verdade. A palavra hábito é frequentemente usada como disfarce para o vício. Hábito seria uma simpatia e não uma dependência por uma substância e seus efeitos. Existem de fato, hábitos envolvendo coisas ou situações e que geram vício em apenas algumas pessoas.

Uma boa forma de distinguirmos hábito de vício é o tamanho da saudade que a ausência provoca quando estamos viciados. Posso estar super habituado a comer doces todo dia. Se tenho uma relação normal com a comida, e o médico me pede para que eu não coma coisas com açúcar por um certo tempo, posso me ressentir discretamente e, depois de alguns minutos, nem me lembro mais do problema. Se sou viciado em comer doces - e isto não é nada raro - não me conformarei assim tão fácil; ficarei ansioso, deprimido, tentarei encontrar algum meio de transgredir o combinado, não conseguirei deixar de pensar no assunto, com dor e saudade, um dia sequer. E quando puder, sairei comendo tudo o que me foi subtraído e mais um pouco. A mesma coisa pode ser dita a respeito do álcool. Quanto ao fumo de cigarros: não existe hábito. No que diz respeito a este tema, todo mundo é viciado. As poucas exceções só servem para confirmar a regra. São pouquíssimas as pessoas que fumam "socialmente", ou o fazem de vez em quando e por prazer.

Apesar de que os hábitos, quando não cumpridos, não determinam dor maior, são procedimentos incrivelmente estáveis, constantes e difíceis de serem mudados. E temos enorme dificuldade de modificar nossos hábitos mesmo quando desejamos muito fazê-lo. É difícil saber como eles se estabeleceram. Não sabemos porque se cristalizam e se perpetuam com tamanha força e nem porque resistem tanto às mudanças. Uma pessoa pode estar querendo muito, por exemplo, passar a comer devagar, mastigando direito os alimentos, só colocando nova porção de comida na boca depois que deglutiu completamente a anterior. Se empenha racionalmente para que isso aconteça. Inicia a refeição fazendo tudo direito e, aos poucos, sem se aperceber, vai voltando a fazer exatamente como fazia. Se uma pessoa se habitua a fumar o cigarro de uma certa maneira, por exemplo, expirando pelo nariz, terá enorme dificuldade para modificar esse padrão de comportamento. Isto não tem nada a ver com o vício, que estaria presente em ambos os casos.

De todo modo, os hábitos não são graves, pois eles costumam fazer parte de comportamentos não muito maléficos à saúde física ou mental. Se o malefício for maior, podem ser interrompido com pouco sacrifício. São comportamentos constantes que nos definem, nos fazem sentir talvez um pouco "em casa" no mundo, com a sensação de que temos algum controle sobre as variáveis que nos cercam. Todo ritual tem por objetivo reduzir algum tipo de ansiedade, de risco ou alguma sensação de medo. São comportamentos padronizados e que se cristalizam porque acreditamos na sua eficácia.

Um aspecto muito significativo é o da importância da dependência física no estabelecimento dos vícios. No caso do alcoolismo, os membros do AA perceberam que a dependência física do álcool se resolve em poucos dias ou semanas. Porém a saudade, a vontade de tomar um trago, de experimentar de novo aquela excitação, aquela euforia, pode demorar muito a passar - se passar.

A maior complicação é a dependência psíquica, o apego que se estabelece entre aquela pessoa e aquela substância - ou aquela situação, para o caso de vícios onde não estejam em jogo nenhuma droga. Se o problema do álcool não fosse o da dependência física, então as internações em hospitais para desintoxicação seriam eficazes. O indivíduo depois de quinze dias, está livre da dependência física do álcool, mas sai da clínica, para no primeiro bar e toma tudo o que lhe aparecer pela frente. Quando a privação é imposta, feita à revelia da pessoa, a tendência para reincidir, rápida e dramaticamente, é máxima – são fenômenos essencialmente psicológicos, onde a bioquímica influi pouco ou nada.

A dependência física, no entanto, é o que mantém e perpetua o vício. Quando um fumante decide parar de fumar, o primeiro obstáculo que ele terá que enfrentar, logo algumas horas após a sua decisão, é ligado à falta que o organismo sente da nicotina e derivará da dependência física que ela provoca. A pessoa poderá sentir moleza, sonolência, associadas a impaciência e irritabilidade (efeitos paradoxais, próprios desta substância que é essencialmente estimulante mas também com efeitos tranquilizantes). A vontade de fumar será enorme e a tendência para a depressão brutal. Se a determinação da pessoa não for grande - e estiver muito bem alicerçada, em pouco tempo ela estará com o cigarro na boca. Dará uma tragada profunda e imediatamente se reencontrará com o seu estado de ânimo "normal" - ou seja, aquele com o qual está habituada a conviver por anos a fio.

Não se deve, por outro lado, superestimar a importância da dependência física. Não é ela que faz com que os ex-fumantes sintam enormes saudades das baforadas de fumaça que inalavam mesmo quando já não fumam há seis, oito ou dez anos. Também não se deve atribuir à dependência física à prolongada tendência a depressão que pode existir em um certo grupo de ex-fumantes por períodos de até doze meses. Os aspectos psicológicos ligados à supressão do vício não estão sendo bem compreendidos e aceitos por essas pessoas que, como regra, voltam a fumar por causa disto. Também a substituição do vício por outro vício não tem base orgânica. A resposta pode estar no maior entendimento do que seja o vício do ponto de vista psicológico.

O grande obstáculo é esta curiosa tendência da nossa espécie de estabelecer vínculos. Nos vinculamos uns com os outros. Nos afeiçoamos rapidamente aos animais. Nos ligamos a objetos. Somos com frequência "apaixonados" pelo nosso carro, pela nossa casa, pelos quadros e tapetes que estão nela. Não podemos conviver sem o nosso país e suas comidas típicas. Não podemos passar sem um trago da nossa bebida favorita. Ou então nos apegamos ao cigarro, nosso companheiro inseparável.

1a Parte: hábito X vício
2a Parte: um pouco de teoria
3a Parte: o vício se inicia de modo erótico

Cigarros, anticoncepcionais e AVC

Ainda não temos um ginecologista para orientar nossos internautas. Profissionais que querem participar mas não podem ter sua imagem atrelada a questões tabagistas podem usar o disfarce do Dr. X.

Muitos ginecologistas desaconselham mulheres fumantes na questão do uso de anticoncepcionais devido ao risco de AVC. Como fica a mulher fumante frente a esta questão? Não toma anticoncepcionais? Arrisca um AVC e evita a gravidez?

O AVC (acidente vascular cerebral) é caracterizado pela perda súbita de função neurológica, devido a entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos do cérebro. Este acidente resulta na interrupção da circulação sanguínea e consequentemente na irrigação da área atingida do cérebro, causando a morte das células neurológicas. Ocorre subitamente e pode ou não deixar sequelas permanentes. O mais comum é o AVC Isquêmico, por entupimento dos vasos.Muitos fatores podem aumentar as chances de uma pessoa sofrer este tipo de acidente, como hipertensão, o hábito de fumar e o uso de contraceptivos orais.

O organismo feminino tem uma substância que tem efeito protetor contra inúmeros fatores de risco para o AVC, o estrógeno. Este hormônio estimula, por exemplo, a produção de HDL ("colesterol bom").

O organismo feminino tem uma reação com a nicotina. Ela faz com que o estrógeno seja consumido mais rapidamente, atrapalhando esse efeito protetor. O monóxido de carbono piora a situação: ele diminue a oxigenação de todos os órgãos, incluindo os ovários, que passam a produzir menos estrógeno. O resultado da entrada das duas substâncias é menos estrógeno circulando e portanto diminuição da sua ação protetora.Ao mesmo tempo, estudos existentes mostram que os riscos de AVC aumentam com o uso de contraceptivos combinados (que contém estrógeno e progesterona). Contraceptivos de baixa dosagem aumentam menos esse risco e os não combinados (somente progesterona) não inerferem em nada.

Deste modo a recomendação quanto ao uso de contraceptivos orais é a seguinte: nunca somar fatores de risco. Uma mulher que tem hipertensão não deve tomar contraceptivos combinados. O mesmo raciocínio vale para a mulher fumante.

Pergunte ao seu ginecologista se você pode tomar um anticoncepcional de progestógeno (sem estrógeno).

Cuidados com a Pele

conceição figueiredo - esteticista
Conceição Figueiredo, proprietária da clínica de estética "Belle de Jour" é consultora do eufumo para assuntos sobre estética e cuidados com a pele.

"O fumo envelhece a pele mais do que qualquer outro agente interno ou externo. A pele saudável repassa nutrientes e retira toxinas. Tem uma textura agradável e aveludada. Ao fumar, as toxinas são distribuídas por todo o organismo pela corrente sanguínea, comprometendo o transporte de nutrientes e a síntese de vitaminas importantes. O resultado é uma pele com aparência amarelada, opaca e sem vida. Outros efeitos colaterais do fumo são o aumento da produção de radicais livres e a perda de vitamina C - fundamental para a formação do colágeno, que evita a flacidez muscular e a flacidez da pele. Cada cigarro rouba 25mg de vitamina C. O fumante deve procurar ingerir vitamina C que promove a formação de colágeno, e evitar aspirina, que destrói a vitamina C.

A combinação de fumo e álcool acelera ainda mais o envelhecimento da pele.

Cuidados básicos diários com a pele:

Noite
Limpar a pele com um leite ou emulsão adequado ao seu tipo de pele, passando um algodão embebido no produto em movimentos rotativos, até o algodão sair limpo.- Passar uma loção tónica de preferência sem álcool, se for pele menos jovem. Pele oleosas pode conter álcool. A loção tem a finalidade de equilibrar o pH da pele, para melhor absorver o produto que irá tratar a pele. Dependendo da idade , usar um creme apropriado à necessidade da pele.

Manhã
Repita os dois primeiros passos acrescentando um creme hidratante e protetor solar
Amenize os efeitos do fumo na pele

Limpeza de Pele
A maioria dos fumantes acaba tendo uma pele mais áspera, sem brilho e sem cor saudável. Essa pele precisa ser tratada assiduamente com cuidados especiais feitos em institutos de estética, começando por uma limpeza de pele profunda para, além de retirar cravos, desintoxicá-la. Esse procedimento é importante, para uma melhor assimilação dos cremes.

Peeling de Diamante
Outro procedimento após a limpeza, que dá nova vida à pele, é o Peeling de Diamante.
O Peeling de diamante é um procedimento por microdermoabrasão através de ponteiras diamantadas, que vão fazendo um suave lixamento da epiderme, desgastando as células mais envelhecidas e superficiais. Esta técnica dá brilho, estimula a formação do colágeno, atenua rugas superficiais, clareia as manchas e tira toda a aspereza da pele, deixando-a mais aveludada. Uma aplicação é suficiente para notar uma mudança na sua aparência, mas o ideal para que haja uma boa estimulação do colágeno e clareamento é fazer cinco aplicações - a cada 7 ou 15 dias dependendo da necessidade.

Hidratação
Normalmente a pele do fumante é mais desidratada, que a do não fumante. Cuidados diários de limpeza e uso de cremes não são suficientes - é preciso um trato mais profundo com aparelhos capazes de promover a passagem dos produtos através das diversas camadas de pele. Os aparelhos usam correntes elétricas que, além de promover a penetração das substâncias, também estimulam todas as camadas celulares, trazendo grande benefício à pele no combate ao envelhecimento.

As avaliações de pele normalmente são gratuitas e sem compromisso, mas os institutos costumam pedir para marcar horário.

Poluição de Interiores

henrique cury - ecoquest
Henrique Cury é consultor de poluição ambiental/filtros para o eufumo

"Todos sabem que os poluentes resultados da combustão de um cigarro são potencialmente tóxicos e nocivos. O que poucos sabem é que muitas vezes o ar interior de uma residência é de 5 a 10 vezes pior que o ar exterior. E isso inclui muita coisa: Carpete, cortinas, animais domésticos...tudo isso num ambiente sem ventilação.

O cigarro piora a qualidade do ar interior não só pela emissão de Monóxido de Carbono mas por várias outras substâncias emitidas durante sua queima.

A má qualidade do ar é responsável pela transmissão de inúmeras doenças respiratórias e pouco se faz hoje para melhorá-la. Até pouco tempo atrás nada se sabia sobre a importância de uma qualidade de ar satisfatória para um ambiente saudável e livre de contaminação: afinal, não conseguimos enxergar o ar com nossos olhos, mas nosso corpo consegue!

Após anos de estudos nos Estados Unidos e na Europa o mercado tomou consciência da importância dos tratamentos para melhorar a qualidade do ar e a industria apresentou soluções um tanto ineficazes para tentar resolvê-los.

Aparelhos para umidificar o ar podem resolver uma parte do problema (ar muito seco), mas não representam nem 5% da solução total na melhoria do ar. Pelo contrário, podem criar condições ideais para crescimento e proliferação de microorganismos.Ionizadores e tantos outros similares que já apareceram no mercado nunca conseguiram tratar uma área maior que alguns centímetros quadrados. E ainda tratam apenas poeira/partículas e não tem nenhuma ação por exemplo sobre gases emitidos por um cigarro, ou pior, de um charuto.

Odorizadores (“cheirinho”) não só mascaram o problema como pioram em muito a qualidade do ar, muitas vezes com produtos cancerígenos, base de seus aromatizadores.Como fazer então para melhorar a vida de um fumante além das pessoas que convivem com ele em relação ao ar de ambientes em que ele reside ou trabalha?

Após anos de pesquisa, a NASA, a agencia aeroespacial americana, com problema similar nos veículos espaciais devido a alta concentração de poluentes sem poder usar nenhuma ventilação externa, desenvolveu uma tecnologia que reproduz exatamente o que a natureza faz, produzindo oxidantes naturais baseados em Oxigênio e Hidrogênio que conseguem eliminar todo e qualquer microorganismo de um ambiente fechado, assim como reduzir a maioria dos gases emitidos por exemplo, por um cigarro.

Esta tecnologia, chamada de RCI – Ionização Radio Catlitica consegue tratar o ar de maneira natural, sem deixar nenhum resíduo e eliminado qualquer tipo de odor, seja de cigarro, charuto ou qualquer outro, sem disfarce.Há 5 anos no mercado americano, a tecnologia RCI está no Brasil há dois anos e vem sendo referencia em tratamento de ar em residências, escritórios além de hospitais, industrias e estabelecimentos comerciais.

Lembre-se, você não consegue enxergar o ar que você respira, mas seu corpo consegue!"

Ventilando os Ambientes


A DAAZ Arquitetura e Comunicação é consultora de arquitetura do eufumo

Trechos de "O Uso Eficiente da Ventilação" - ABRESI

Todo ambiente habitado por pessoas necessita de ventilação. Nossa respiração produz dióxido de carbono e carrega vírus e bactérias. As atividades de cozinhar, limpar e fumar liberam partículas e gases que contribuem para a poluição do ar. Espaços deficientemente ventilados contribuem para o desconforto e podem tornar o ambiente intolerável.

Outro fator que contribui para o desconforto é o calor. O ar é aquecido por fogões/fornos, iluminação, lareiras e aquecedores, computadores e também pelo calor produzido por nossos corpos.

Existem dois processos de ventilação, o natural e o mecânico, e compreendê-los e associá-los corretamente é a chave para uma circulação eficiente do ar.

O ar aquecido desloca-se naturalmente para o alto por ser mais leve. É o fenômeno que provoca a flutuação dos balões de ar quente, e que em arquitetura chamamos de "efeito chaminé".

Em maior escala, é ele o responsável pelos ventos. É sempre fundamental haver aberturas que permitam a saída do ar aquecido e outras que permitam a entrada natural de ar mais novo e frio.

Verificar a predominância dos ventos é também fundamental. Sem essa verificação a força dos ventos pode impedir a saída do ar quente e viciado, impedindo a circulação natural. Tirar proveito desta força para colaborar com o "efeito chaminé" torna mais eficiente a renovação do ar viciado.

A ventilação mecânica pode ser usada em conjunto com a natural, mas não consegue anular o fenômeno do "efeito chaminé" ou as forças dos ventos. As verificações citadas anteriormente jamais podem ser ignoradas.

Entre os processos mecânicos podemos listar insufladores, exaustores e ventiladores. O ar condicionado, por exemplo, insufla ar frio, que naturalmente cria mais pressão auxiliando na saída do ar aquecido.

Não há necessidade de criar correntes de ar intensas, nem tampouco resfriá-lo em excesso, pois em ambos os casos pode-se causar desconforto. Basta um fluxo suave e constante. A verificação dos fluxos de ar num ambiente pode ser feita utilizando tiras de papel de seda ou fumaça de insensos/cigarros.

A chave para uma circulação eficiente de ar e conforto ambiental está no bom posicionamento das fontes de calor e poluição, que devem sempre estar próximas das áreas de exaustão.

Localizar as áreas fumantes no final do fluxo de ar impede que a fumaça retorne ao restante do ambiente tornando-o mais saudável.

Estudo com Fumantes Revela o benefício da combinação de Vitaminas

Espaço da Nutricionaista - Matérias sobre Nutrição publicadas no site eufumo
dylea gaspar barros - Nutricionista, atuante no desenvolvimento de dietas e cardápios especiais para área clínica e cancerologia; diretora da área de nutrição da Empresa Bóia Fria Alimentos Congelados e Refrigerados Ltda.
vívian elizabeth lia - Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica e Preventiva, atuante no Centro de Medicina Preventiva do Hospital Albert Einsten
Dyléa Gaspar Barros e Vívian Elizabeth Lia são consultoras do eufumo na área de nutrição.


("Study With Smokers Finds That Vitamins Combine for Benefits" - Por David Stauth - Fonte: Maret Traber, CORVALLIS, Ore.)

Um novo estudo revelou que suplementos de vitamina C podem frear a queda de Vitamina E nos fumantes, demonstrando pela primeira vez em humanos a excepcional interação entre esses dois antioxidantes quando agem em conjunto.

A pesquisa também sugere um possível mecanismo da causa de câncer nos fumantes.

As descobertas estão sendo publicadas quartafeira no "Free Radical Biology and Medicine" por cientistas do Instituto Linus Pauling da Universidade Estadual do Oregon.

Os resultados da pesquisa foram baseados num estudo clínico duplocego, controlado com placebo com fumantes e não fumantes e mostrou que suplementos de 1,000 miligramas de vitamina C por dia podem reduzir 45% a taxa de queda de um tipo de vitamina E nos fumantes. Em geral, suplementos de vitamina C ajudaram a proteger a função e níveis de plasma de vitamina E, de forma que os fumantes que receberam suplementos mantiveram os mesmos níveis de proteção antioxidante que os não fumantes.

"Muitas pesquisas nutricionais no passado foram feitas estudando um ou outro nutriente isoladamente, algumas vezes com resultados conflitantes" disse Maret Traber, professora de nutrição na Universidade e chefe de pesquisas no Instituto Linus Pauling. "O que este e outros estudos revelam é que a proteção obtida através de uma dieta apropriada ou pelo consumo suplementos são resultado da combinação dos nutrientes. Isso tem implicações não só para fumantes mas para muitos indivíduos".

Segundo Traber, a Vitamina E é uma das mais importantes defesas do tecido pulmonar humano contra os males do cigarro (responsável por radicais livres destrutivos). Se o organismo tem níveis adequados de vitamina E, este antioxidante protetor interage com os radicais peroxyl criados pelo fumo e previnem a destrição das membranas pulmonares.

Neste processo, no entanto, a vitamina E pode se transformar num radical destrutivo. A presença de níveis adequados de vitamina C pode ajudar a vitamina E a voltar ao seu estado nãoradical e continuar seu efeito protetor. Mas na carência da vitamina C o processo se quebra. O estudo é um dos primeiros a demonstrar este processo em seres humanos.

Este e outros estudos do Instituto também demonstrarm que nos fumantes, os níveis de vitamina E caem nos tecidos para manter seus níveis no sangue.

"Sabemos há algum tempo que os fumantes estão sob stress oxidativo, porque fumar por si só é um oxidante que cria radicais livres e mutação celular," diz Traber. "A resposta imunológica do organismo também tende a causar inflamação, responsável não só por câncer pulmonar mas também por sérios problemas de saúde como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas".

Por enfrentar uma rápida perda de antioxidantes protetores, diz Traber, os fumantes enfrentam desafios especiais.

"Imagine um balde cheio d'água mas com furos," disse ela. "Para manter o nível da água, você deve enchêlo constantemente. Os fumantes tem maiores buracos no balde, e o nível de água desce mais rapidamente. Para manter os níveis nutricionais, devese adicionar uma quantidade maior de nutrientes para compensar".

No entanto isso raramente acontece entre os fumantes. Estudos mostram que apenas 8% dos homens e 2,4% das mulheres tem consumo adequado de vitamina E. Os estudos indicam que fumantes normalmente tem uma dieta com alto consumo de carne e baixo consumo de vegetais e frutas, maiores fornecedores de antioxidantes. Apesar dos fumantes necessitarem de maiores níveis de antioxidantes para obter seus efeitos protetores, sua dieta é mais pobre que a maioria dos indivíduos e quase 50 milhões de americanos fumam cigarros.

Os especialistas dizem que para que as vitaminas antioxidantes devem ser consumidas de forma preventiva para ter proteger contra as doenças, ou seja, são menos eficazes para combater doenças existentes. De acordo com Traber, muitos estudos que apontam "nenhum benefício" numa dieta melhor ou pelo consumo de suplementos vitamínicos foram feitos em indivíduos doentes, ou estudando os nutrientes isoladamente.

Nesta pesquisa, os participantes foram submetidos a uma dieta pobre em frutas e vegetais por 3 meses para baixar seus níveis de vitamina C. Para alguns foram administrados suplementos de vitamina C, para outros, placebo. Fumantes que receberam vitamina c tiveram uma queda de plasma de vitamina E semelhante aos não fumantes. Os fumantes que mantiveram deficiência em vitamina C perderam vitamina E alfa numa velocidade 25% maior que os não fumantes, e vitamina E gama numa velocidade 45% maior.

Também colaboraram com este trabalho pesquisadores da Universidade de Columbia, da Universidade Estadual de Ohio, da Universidade de Washington e da Universidade do Canadá.

Richard Bruno, doutorando da Universidade do Estado de Ohio também foi um coautor.

A pesquisa foi patrocinada pelo National Institutes of Health.

"O que o estudo mostra claramente é que para cumprir seu papel vital, as vitaminas C e E agem em conjunto," disse Traber. "Elas devem ter um efeito sinérgico que não é adquirido somente com o consumo de um ou de outro, e que níveis adequados destes nutrientes é especialmente importante para aqueles que fumam."

Sobre o Instituto Linus Pauling: O Instituto Linus Pauling da Universidade Estadual de Ohio é líder mundial no estudo de micronutrientes e seu papel na promoção da saúde ou na prevenção ou tratamento de doenças. As principais áreas de pesquisa incluem doenças cardíacas, câncer, envelhecimento e doenças neurodegenerativas.

Estudo sobre a Combinação de Vitaminas - Universidade de Oregon

Doença Periodontal (Gengivite e Periodontite)

daniela saba - ortodontista
Daniela Saba é a consultora do eufumo no tema odontologia. Tire suas dúvidas sobre as matérias publicadas comentando este post.

A fase inicial (GENGIVITE) é uma inflamação da gengiva que pode ser identificada pelo acúmulo de placa bacteriana, manchas e um início de tártaro, deixando a gengiva vermelha e inchada, podendo apresentar sangramento quando tocada. Ainda não ocorrem sinais como mobilidade dos dentes (“dentes moles”), pois o osso de suporte dos dentes e fibras que seguram os dentes ainda não sofreram nenhum dano.

Quando este problema se agrava, pode evoluir para uma PERIODONTITE, que apresenta sintomas como: mau hálito, dentes com mobilidade ou que estão “mudando de posição”, presença de secreções na gengiva, placas amareladas ou escuras grudadas no “pé” dos dentes (tártaro e manchas), sangramento principalmente ao escovar e passar o fio dental, gengiva inchada e mais avermelhada. Isso tudo ocorre devido ao rompimento das fibras do ligamento que unem gengiva-dente-osso de suporte. Forma-se a bolsa periodontal entre o dente e a gengiva; nesta fase já existe perda óssea.

Para um tratamento eficiente destes problemas da gengiva, o seu dentista pode solicitar sua documentação periodontal, que consiste numa série de exames radiográficos e fotográficos para avaliação do seu caso. Após avaliação clínica da sua boca e de sua documentação periodontal será feito um planejamento para o seu caso, em específico, que além das sessões de raspagens radiculares, pode incluir: prescrição de medicamentos, aplicações de LASER, sessões de acupuntura, cirurgia para eliminar espaços perdidos pelo osso que sustenta o dente (bolsas periodontais), etc. O tratamento requer um grande comprometimento por parte do paciente, fazendo um controle rigoroso da escovação (sempre utilizando FIO DENTAL e se for o caso, escovas especiais).

Para que possamos obter um melhor resultado possível, você deverá:
  • Escovar os dentes da maneira como lhe foi explicado pessoalmente, utilizando todos os recursos disponíveis (fio dental, bochechos, escovas especiais etc).
  • Após a alta do tratamento inicial, agendar seus retornos, que inicialmente serão mensais (para controle de qualidade de escovação) e posteriormente serão trimestrais ou semestrais (revisões onde será observada a necessidade ou não da realização de algum procedimento).
  • Fazer sondagem (medição) gengival e controle radiográfico anual, para verificação da estabilidade da reabsorção óssea.
  • Tomar a medicação prescrita se for o caso.