sábado, 7 de agosto de 2010

Até não-fumantes concordam que lei exagerou


"Please feel free to smoke in this area" (por favor sinta-se à vontade para fumar neste local) - Aeroporto de Heathrow - Londres - Grã Bretanha - Espaço coberto para fumar



Enquete realizada no Eufumo revela que:

Entre não fumantes - 26% dos internautas:
67% desaprova o fim dos fumódromos nas empresas
57% desaprova a proibição de fumar em locais semi-abertos.


Entre fumantes (obviamente, os índices são maiores) - 74% dos internautas:
92% desaprova o fim dos fumódromos nas empresas
88% desaprova a proibição de fumar em locais semi-abertos.


A lei paulista, "exportada" na íntegra para 4 estados do Brasil, é muito mais restritiva que a lei britânica, considerada como modelo para o mundo. Veja na foto que a área para fumantes no aeroporto de Heathrow é coberta...

Desde a aprovação da lei paulista procuramos mostrar que bastava fazer cumprir a lei federal para proteger a população dos males do cigarro. No máximo a nova lei poderia ter excluido apenas os ambientes fechados frequentados por não fumantes.

Hoje as empresas se recusam a contratar fumantes, devido ao tempo que perdemao sair do local de trabalho para fumar.

Proibir o fumo sob toldos/varandas/guarda-sóis não protegeu os não-fumantes: apenas serviu como forma de constranger e humilhar os fumantes.

Tabacarias não podem mais vender comida/bebida para seus frequentadores, embora não seja proibido contratar funcionários para atender os clientes no meio da fumaça.

O Eufumo sempre foi contra essas medidas que ao nosso ver, por não ter objetivo de proteger a população, foi a forma mais barata para forçar os fumantes a parar de fumar. Segundo o o jornal O Estado de São Paulo, há uma espera de 3 meses para tratamento (exigido pela Convenção Quadro que norteou os idealizadores da lei).

Tenho perguntado nos locais que vendem cigarro se a venda diminuiu. Adivinhem a resposta? Claro que não...
A fiscalização ostensiva e o odioso método da delação garantiu ambientes fechados menos poluídos e os benefícios desta fiscalização encobriram os aspectos nefastos da lei abordados na pesquisa. Mas fica a sensação incômoda da facilidade com que é possível constranger e humilhar grupos de cidadãos que, por qualquer motivo, sejam eleitos como "a bola da vez". Nesses tempos de ditadura da saúde e do politicamente correto, não faltarão novos bodes espiatórios para impor os padrões de vida desejados.


A PESQUISA
Realizada entre 785 internautas continha as seguintes perguntas:
1) Você fuma?

2) Aprova a proibição de fumar em:
a. Ambientes fechados?
b. Áreas externas - varandas, áreas sob toldos e mesas com guarda-sóis em bares e restaurantes?
c. Em lugares poluidos (ex.garagens)?

3) Aprova a extinção de fumódromos nas empresas?

O internauta foi obrigado a fornecer ser email na pesquisa.


OPINIÃO DO TOTAL DE FUMANTES (74% dos internautas)

Apóia a proibição em Ambientes Fechados sim: 62% não: 38%
Apóia a proibição em Ambientes semi-abertos sim: 12% não: 88%
Apóia a extinção de Fumódromos em empresas sim: 8% não: 92%
Apóia a proibição em Garagens sim: 28% não: 72%


OPINIÃO TOTAL DE NÃO-FUMANTES (26% dos internautas)
Apóia a proibição em Ambientes Fechados sim: 82% não: 18%
Apóia a proibição em Ambientes semi-abertos sim: 43% não: 57%
Apóia a extinção de Fumódromos em empresas sim: 33% não: 67%
Apóia a proibição em Garagens sim: 58% não: 42%


Extrapolando estes votos para a população, caso isto seja possível: Considerando que o voto de cada não-fumante vale 5 votos de fumantes (a estimativa é que os fumantes sejam 16% da população de são Paulo), uma média estimada da aprovação dos itens mencionados seria:

75% aprova a proibição de fumar em ambientes fechados
68% desaprova a proibição de fumar em ambientes semi-abertos
76% desaprova a extinção de fumódormos em empresas
53% desaprova a proibição de fumar em locais poluídos como garagens.